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Esgrima em Cadeira de Rodas

Por: Felipe Ernest Bretas (ex-coordenador da modalidade no Comitê Paralímpico Brasileiro)

Como é disputada

 

A Esgrima em Cadeira de Rodas (CR) foi um dos primeiros esportes a serem desenvolvidos no centro de reabilitação esportivo mais famoso do mundo, o Hospital de Stoke Mandeville, pelo pai do movimento paralímpico mundial, Sir Ludwig Guttmann. No final da década de 40, este médico judeu de origem alemã, contribuiu para que os lesionados de guerra utilizassem diversas práticas esportivas para sua reintegração social e melhoria das funções orgânicas, sendo a Esgrima em CR uma das principais opções para os pacientes. Foi introduzida nos Jogos Paralímpicos desde a sua primeira edição na cidade de Roma/ITA em 1960.

A entidade que administra a modalidade no mundo é a Federação Internacional de Esportes para Cadeirantes e Amputados (International Wheelchair and Amputee Sports Federation - IWAS).
 

Enquanto na Esgrima olímpica os atletas disputam as provas sobre uma pista de 14 metros de comprimento com movimentos de avanço e recuo constante das pernas, na Esgrima em CR os atletas jogam um contra o outro sentados em cadeiras de rodas, que são fixadas sobre uma plataforma chamada fixador, composta por duas bases (uma para cada cadeira de rodas) e um eixo que as conecta e as mantém na mesma posição. Em ambas modalidades as armas praticadas são: espada, florete e sabre.
 

As competições podem ter disputas individuais ou por equipes nos gêneros feminino e masculino. As provas acontecem em duas fases: a primeira é classificatória, com grupos compostos por atletas distribuídos igualmente entre eles. Ao final da fase classificatória os melhores atletas ranqueados em cada grupo qualificam-se para a fase eliminatória. As disputas da fase classificatória tem contagem máxima de 5 pontos, ao passo que, nas eliminatórias, as disputas terminam em 15 pontos.
 

Os atletas utilizam diversos aparatos que promovem a segurança do atleta, afinal estão em jogo armas metálicas, e também a condução de impulsos elétricos que acusam quando um atleta toca o outro para que as pontuações sejam registradas. Máscaras, luvas, coletes e saias são alguns dos equipamentos esportivos obrigatórios para a prática deste esporte que exige muita agilidade, alta velocidade de raciocínio, baixíssima hesitação e uma ótima leitura tática do jogo.

 

Quem pode praticar?

 

Amputadosparalisados cerebraislesados medulares, entre outras deficiências físicas.

 

A classificação na modalidade

Para ser considerado elegível para a Esgrima em Cadeira de Rodas o atleta precisa ter algum tipo de deficiência locomotora (membros inferiores),  pertencente a um dos seguintes grupos de elegibilidade estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC):

  • Ataxia

  • Atetose

  • Comprometimento de Força muscular

  • Deficiência de membro(s)

  • Diferença de comprimento de perna

  • Hipertonia

  • Limitação de Amplitude de movimento passivo

Existem três divisões de competição: A, B e C. Apenas as categorias A e B aparecem nos Jogos Paralímpicos, mas nas competições de Esgrima em CR da IWAS os atletas da categoria C também podem competir. Isso faz parte do desenvolvimento do esporte, pois esses atletas têm as deficiências mais graves, mas atualmente são menos representados no esporte.

Os esgrimistas da categoria A têm um bom controle do tronco, enquanto os atletas da categoria B têm uma deficiência que afeta o tronco ou o braço da esgrima.

A modalidade no Brasil

 

A esgrima em cadeira de rodas é gerida nacionalmente pela Confederação Brasileira de Esgrima. Mais informações em www.cbesgrima.org.br.

 

A Esgrima em Cadeira de Rodas Brasileira nos Jogos Paralímpicos

 

1 ouro

1 prata

0 bronze

Regras Oficiais (em inglês) - clique aqui
Descrição da Modalidade

Gasto Calórico

Impacto

Contato entre Competidores

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