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Judô
Por: Felipe Menescal (Gerente Técnico e de Eventos da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais)
Como é disputado
O Judô Paralímpico é praticado por atletas deficientes visuais de ambos os sexos (masculino e feminino) e de todas as classes visuais (B1, B2 e B3), ou seja, não existe separação por classificação visual e é divido por peso de acordo com as regras internacionais da modalidade.
As categorias de peso são as seguintes:
As lutas acontecem basicamente com as mesmas regras do judô convencional, as adaptações são poucas e a principal dela é que a luta já começa com os atletas com a pegada do quimono. Caso durante o combate os atletas percam a pegada o árbitro para a luta e posiciona os atletas no centro do tatame para realizarem a pegada novamente. Caso a luta seja entre um atleta B1 (cego total) e um atleta B2 ou B3 o atleta B1 tem a prioridade de fazer a pegada primeiro.
Cada combate tem duração máxima de 4 minutos e o objetivo principal da luta é conquistar o Ippon (pontuação máxima), que é atingido quando um judoca consegue derrubar o seu oponente com as cotas no solo ou imobilizá-lo por 25 segundos.
Quem pode praticar?
A classificação na modalidade
Além das categorias por peso, os judocas são divididos em três classes, de acordo com o grau da deficiência visual. Todas começam com a letra B (blind, cego em inglês): B1, B2 e B3.
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B1 à Atletas totalmente cegos que não possuem nenhuma percepção de luz em qualquer um dos olhos ou que não consiga fazer a distinção do formato de uma mão a qualquer distância.
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B2 à Atletas que tem percepção de vultos e conseguem reconhecer o formato de uma mão, até acuidade visual 2/60 e/ou campo visual inferior a 5 graus.
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B3 à Atletas que conseguem ter definição de imagens. Acuidade visual de 2/60 a 6/60 e o campo visual maior que 5 graus e inferior a 20 graus
Ou seja, estão aptos a praticar o Judô Paralímpico atletas que tenham desde nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até atleta com acuidade visual 6/60 ou campo visual não superior a 20 graus. Sempre considerando melhor olho e com as correções visuais.
Todos os atletas têm que enviar laudo oftalmológico para a CBDV e passar por classificação visual oficial em sua primeira competição oficial.
A modalidade no Brasil
O judô é gerido nacionalmente pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV). Mais informações em www.cbdv.org.br.
O Judô Brasileiro nos Jogos Paralímpicos
5 ouros
9 pratas
11 bronzes