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Paracanoagem

Por: Luiz Gustavo Santos (ex-Pesquisador do Comitê Paralímpico Brasileiro e fisiologista da Confederação Brasileira de Canoagem 2014-2018)

Como é disputada

A Paracanoagem é uma modalidade praticada em águas calmas, em ambientes abertos que consiste na disputa de uma prova de 200 metros nas classes L1, L2 e L3 de acordo com o seu sistema de classificação esportiva paralímpica. Posteriormente é agregado a letra “K” para as classes de atletas que competem no Kayak e a letra “V” para os que competem na canoa, gerando as classes KL1, KL2, KL3, VL1, VL2 e VL3 É considerado um esporte adaptado, tendo, pois utiliza de adaptações específicas para permitir a prática adequada da modalidade a pessoas com deficiência.


De acordo com ICF (2019), as classes oficiais de barcos reconhecidas pela Federação Internacional de Canoagem são a Kayak Paracanoe e a Canoa Va’a. As embarcações devem respeitar critérios específicos quanto a fabricação para que possam ser utilizadas em competições oficiais. Todas as embarcações devem ser construídas de forma que permaneçam flutuantes quando ficarem cheias de água, não podem afundar. Para a embarcação Kayak, o comprimento máximo deve ser de 5,20 metros, com largura mínima de 0,50 metros para a estrutura do casco e com um peso mínimo de 12 quilos. Para a embarcação da canoa deve-se respeitar o comprimento de 7,30 metros e um peso mínimo de 13 quilos aferidos com ama e iaco (suporte lateral). Na canoa vale lembrar que não existe a necessidade de uma largura mínima para o casco. É permitido que o atleta realize adaptações na parte interna da embarcação, buscando sua melhor estabilização. 


A raia de competição é composta por nove raias individuais. sendo que cada uma possui a largura mínima de 5 metros no local da largada e é demarcada com uma boia a cada 12,50 metros.

 

Quem pode praticar?

 

Amputadoslesados medulares, entre outras deficiências físicas.

 

A classificação na modalidade

A classificação esportiva na Paracanoagem é dividida em duas partes, médica e técnica. Na parte médica, o atleta é avaliado quanto a funcionalidade de tronco, de membros inferiores em função da embarcação que competirá. No decorrer da classificação médica, os classificadores solicitarão ao atleta todos os exames e laudos médicos que atestem sua deficiência, a fim de confrontar com os resultados das avaliações realizadas.

Na parte técnica, se avalia o movimento técnico da remada. As avaliações são realizadas em um ergômetro (simulador de Kayak e Canoa) e posteriormente no ambiente próprio de competição: na água com a embarcação que será utilizada na competição. Durante a avaliação na água, o atleta deverá apresentar e utilizar todas as adaptações necessárias. Os classificadores por sua vez deverão registrar com imagens as adaptações utilizadas pelos atletas, pois essas informações serão conferidas antes de cada prova, através do documento denominado Passport Equipment.
 
Após a finalização de todas as etapas da classificação funcional, os classificadores responsáveis por realizar as avaliações médica e técnica discutirão os valores atribuídos em cada teste. Vale destacar que o sistema de classificação esportiva da modalidade respeita a individualidade técnica da embarcação praticada pelo atleta. Sendo assim, se o atleta realizar o processo de classificação apenas no Kayak estará elegível somente para as provas dessa embarcação. Visto que existe essa particularidade no sistema de classificação, é possível que o atleta obtenha classes diferentes para cada embarcação, por exemplo: KL2 (Kayak) e VL1 (Canoa).
 

A somatória dos valores definirá uma pontuação final que designará o atleta para uma classe esportiva:
 

Sistema de Classificação- Kayak
 

1) KL1- a somatória dos valores resultantes dos testes não deverá ultrapassar 3 pontos; Nessa classe pode-se encontrar atletas tetraplégicos e paraplégicos

2) KL2- a somatória dos valores resultantes dos testes deverá ser entre 4 e 7 pontos; Nessa classe pode-se encontrar atletas paraplégicos, dearticulados de quadril, biamputados de membros inferiores e algumas deficiências congênitas.

3) KL3- a somatória dos valores resultantes dos testes deverá ser entre 8 e 9 pontos. Nessa classe pode-se encontrar com amputação unilateral de membro inferior.
 

Sistema de Classificação- Canoa Va’a
 

1) VL1- a somatória dos valores resultantes dos testes não deverá ultrapassar 0 pontos no teste médico (valores dos testes de perna+tronco+braços) e técnico (realizado na água); Nessa classe pode-se encontrar atletas tetraplégicos e paraplégicos

2) VL2- a somatória dos valores resultantes dos testes médico e técnico deverá ser entre 1 e 27 pontos; Nessa classe pode-se encontrar atletas paraplégicos, dearticulados de quadril, biamputados de membros inferiores e algumas deficiências congênitas.

3) VL3- a somatória dos valores resultantes dos testes médico e técnico deverá ser maior ou igual a 28 pontos. Nessa classe pode-se encontrar atletas com amputação unilateral e bilateral de membro inferior.

A modalidade no Brasil

 

A Paracanoagem é gerida nacionalmente pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa). Mais informações em www.canoagem.org.br.

 

A Paracanoagem Brasileira nos Jogos Paralímpicos

 

1 ouro

2 pratas

1 bronze

Regras Oficiais - clique aqui
Descrição da Modalidade

Gasto Calórico

Impacto

Contato entre Competidores

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