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Taekwondo
Por: Rodrigo Ferla (Coordenador técnico e Head Coach da Seleção Brasileira de Parataekwondo)
Como é disputado
O parataekwondo teve o seu primeiro campeonato organizado em 2009 e é disputado em 2 modalidades: kyorugui (luta) e poomsae (formas). O formato de competição é igual o do taekwondo, tendo algumas diferenças nas suas regras.
No kyorugui, a principal diferença é no sistema de pontuação e nas faltas. A pontuação na luta é da seguinte forma:
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1 ponto para cada falta cometida pelo adversário
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2 pontos para chutes retos no colete
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3 pontos para chutes giratórios em 180 graus no colete
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4 pontos para chutes giratórios em 360 graus no colete
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Soco é permitido mas não é validado ponto.
Nas faltas , a grande diferença é que no parataekwondo não é permitido chute na altura da cabeça. A cada chute alto executado é considerado uma punição, gerando um ponto para o adversário e dependendo da intensidade, o atleta pode ser penalizado com uma desclassificação no meio de um combate.
As lutas são executadas em 3 rounds de 2 minutos, ganhando o atleta que fizer mais pontos ao final do último round. Se houver empate, a luta vai para o quarto round onde quem fizer os primeiros 2 pontos ganha o combate. A luta só é encerrada antes do fim do terceiro round, se um atleta abrir 20 pontos de diferença, o que é considerado vantagem técnica.
Somente a classe de deficiente físico pode participar das competições de luta. E assim como nas competições do taekwondo, ela também é dividida por peso.
No poomsae, a disputa das formas é igual taekwondo, tendo pequenas diferenças nas regras, variando para cada classe. Os poomsaes são os mesmo para todas as classes e ganha o atleta que tirar a maior nota da sua apresentação. As pequenas diferenças nas regras é que os atletas podem escolher qual poomsar vai executar e para a classe de deficiência intelectual, o técnico pode dar os comandos para o atleta executar os seus movimentos.
Quem pode praticar?
Amputados, e outras deficiências físicas.
A classificação na modalidade
A classificação é feita por um painel com um classificador técnico e um classificador médico, para atestarem se o atleta se possui uma deficiência elegível e se ele não se coloca em risco durante uma competição de taekwondo.
O parataekwondo é dividido em 6 grandes classes:
P10 - deficiente visual
P20 - deficiente intelectual
P30 - deficiente neurológico
K40 - deficiente físico
P50 - cadeirantes
P70 - baixa estatura
As classes que levam a letra P se enquadram para a disputa do Poomsae. A que leva a letra P é para kyorugui (luta).
O parataekwondo abrange praticamente todas as deficiências em suas competições. A nível internacional, há competições para deficientes intelectuais, neurológicos, físicos, e a partir de 2021 será incluída a classe de cadeirantes.
Nos Jogos Paralímpicos, somente a classe de deficientes físicos podem participar, nas classes K43 e K44 (combinadas), em três categorias de peso, em ambos os gêneros. A nível nacional há disputas para classes de deficientes visuais e baixa estatura.
A modalidade no Brasil
O taekwondo é gerido nacionalmente pela Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTkd). Mais informações em www.cbtkd.org.br.
O Taekwondo Brasileiro nos Jogos Paralímpicos
1 ouro
1 prata
1 bronze